Em casa
Glória colhe sementes de Ricina, um veneno da mamona que é mortal.
–Eu
pretendo fazer um delicioso bolo de chocolate com Ricina!
–Mas dona
Glória Ricina é veneno. –Disse a empregada.
–Se você
não quiser ser demitida não se mete.
–Me
desculpe.
–Pegue
essas três sementes e leve para a cozinha, eu vou tomar um banho bem quente
para preparar o bolo.
–A
senhora quer que eu faça?
–Não, eu
mesma vou fazer!
Na cozinha Milena prepara um delicioso pudim
para Íris
–Que
cheiro delicioso é esse amor? –Perguntou Bruce.
–Pudim com
muito amor. –Respondeu Milena.
–É pra
mim?
–Me desculpe
desapontá-lo, mas não é.
–É pra
quem então?
–Para a
Íris, mas não se preocupe por que o manjar que está na geladeira é nosso.
–Você
está falando sério Milena.
–Claro
que estou, depois do jantar eu vou servi-lo como sobremesa.
–É por
isso que eu te amo Milena!
Na
delegacia o delegado Gilberto recebe uma ligação anônima.
–O que
você quer? –Perguntou Gilberto.
–Eu sei
onde está a arma do crime!
–Como?
–Na
mansão dos Fontanelli, enterrada no jardim!
–Você
está falando sério, quem é você?
–Eu já
disse o que tinha que dizer. –A pessoa desligou.
–Droga!
–Falou Gilberto.
Ao
amanhecer Íris se lembra do pesadelo que teve com o crime que talvez tenha
cometido.
–Eu não
matei ninguém, por que o Celso e a Beth foram esfaqueados, eles não levaram
tiros, eu sou inocente! –Gritou Íris.
–O que
houve Íris? –Perguntou Lisa.
–Eu sou
inocente Lisa, eu não matei ninguém.
–Agora vá
tomar um banho dona Íris.
–Por que?
–O
pessoal da visita estão chegando!
–Nossa,
eu esqueci completamente.
Em casa
Glória se prepara para o show que ela vai dar no hospital.
–Eu vou
matar a idiota da Maria, o ponto fraco da Íris é perder a sobrinha querida,
qual criança que não gosta de bolo de chocolate envenenado! –Disse Glória com
muito ódio.
–A
senhora só pode ter enlouquecido! –Disse a empregada.
–Cale a
boca sua inútil!
–Eu vou
contar tudo para o doutor Eduardo.
–Pode
contar, mas se o seu filho acordar esfaqueado não reclame.
–A
senhora não seria capaz.
–Não
duvide, eu teria o maior prazer de acabar com aquele pivete ridículo!
–Me
desculpe dona Glória, por favor.
–Como eu
não sou de guardar ressentimentos eu te desculpo.
Gilberto
chega na mansão dos Fontanelli para encontrar a faca.
–O que o
senhor está fazendo aqui delegado? Nós estamos de saída. –Disse Nina.
–Eu vim
pegar a arma do crime. –Disse Gilberto.
–Como
assim? –Perguntou Maria.
–A sua
tia matou o Celso e a Beth e escondeu a arma no jardim.
–Isso é
um absurdo delegado! –Disse Nina.
–Eu vou
provar que não é, homens comessem a procurar no jardim, perto das rosas azuis
da dona Íris.
–Você não
pode fazer isso delegado.
–Claro
que posso Nina, eu tenho um mandato do juiz para cavar aqui no jardim da dona
Íris.
–A minha
tia não fez nada disso. –Disse Maria.
–Se ela
não fez então por que ela quis fugir para aquele sanatório?
–Ela não
fugiu! –Gritou Nina.
–Fugiu
sim!
–Delegado, encontramos o facão. –Disse o homem
que estava cavando no jardim.
–Ótimo
vamos levar para os peritos analisarem, e agora Maria você ainda acha que sua
tia é inocente?
–Eu nunca
vou mudar de opinião, nunca! –Se exaltou Maria.
–Bom eu
já fiz o que tinha que fazer, agora é só encontrar as impressões digitais para
prender a sua tia.
–Sai
daqui seu delegado de merda! –Disse Maria.
–Como
você disse?
–Delegado
de merda, eu repito de novo se você quiser.
–Isso é
desacato menina, você pode ser presa.
–Não, claro
que não, eu nunca vou ser presa!
–Eu
prefiro esquecer o que você disse, até por que eu tenho coisa melhor pra fazer
do que discutir com uma garota de dez anos, mas eu volto com um mandato de
prisão para a Íris.
Nina,
Maria, Milena e Bruce foram para o hospital visitar Íris.
–Dona
Íris tem visita para a senhora. –Disse Lisa.
–Vocês
todos aqui, de uma vez, é tanta emoção gente. –Disse Íris emocionada.
–Tia eu
estava morrendo de saudades da senhora, essas rosas são para a senhora, as suas
rosas azuis. –Disse Maria.
–Eu
também estava com saudades Maria, e muito obrigada.
–Dona
Íris aquela casa fica tão vazia sem a senhora. –Disse Nina.
–Eu vou
voltar logo Nina, não se preocupe.
–Me dê um
abraço Íris. –Disse Milena.
–Venha
minha amiga, que saudades!
–Eu
também estava com saudades Íris. –Disse Bruce.
–Também
estava meu querido.
Nina foi
conhecer o sanatório, e no caminho encontrou a perigosa Glória com o bolo de
chocolate.
–Você é a
Maria? –Perguntou Glória.
–Sou eu
mesma, e você quem é?
–Sou
Glória, eu trabalho aqui e conheço a sua tia, ela fala muito de você.
–Nossa eu
não sabia que eu era tão famosa assim.
–Hoje eu
estou distribuindo fatias de bolo de chocolate, sobrou um pedaço, você quer?
–Claro,
eu adoro bolo de chocolate.
Maria comeu
a fatia do bolo toda, e não sentiu nenhum gosto diferente.
–Estava
delicioso.
–Obrigada.
Todos que
visitaram Íris se despediram e voltaram para suas casas. Maria toma um banho
bem quente deita em sua cama para dormir enquanto Milena e Nina conversam sobre
o estado físico e mental de Íris.
–A Íris
me parecia muito bem Nina, como sempre muito bonita e bem disposta. –Disse
Milena.
–É
verdade dona Milena, eu não acredito que a dona Íris tenha alguma doença.
–Falou Nina.
–Concordo
com você Nina.
–Ai que
dor! –Gritou Maria do quarto.
–Você
ouviu esse grito Nina?
–Sim ouvi
e é a Maria, vamos subir para ver o que está acontecendo.
Quando
Nina e Milena chegam no quarto de Maria, encontram ela vomitando sangue, muito
sangue.
–Meu
deus! –Gritou Nina.
–Temos
que levar a Maria para o hospital Nina. –Disse Milena apavorada.
–Eu estou
passando muito mal, acho que não vou aguentar. –Disse Maria.
Milena e
Nina pegaram Maria e foram direto para o hospital, o médico verificou os
sintomas e disse o que era.
–Essa
menina foi envenenada por Ricina, isso é semente de babosa, e não tem antídoto,
sinto muito. –Disse o médico.
–Quanto
tempo ela... você sabe. –Perguntou Milena.
–Se for
cinco minutos é muito.
Quando
Nina e Milena entraram no quarto onde Maria está, elas encontraram a menina
morta.
–Não!
Maria acorda! Acorda! –Gritou Nina desesperada.
–Vem
Nina, não há nada o que possamos fazer, vem, agora eu só digo uma coisa, quem
fez isso vai pagar muito caro! –Disse Milena com raiva.
–Como eu
vou contar para a Dona Íris? Como?
–Nós
vamos dar um jeito, confie em mim, vamos dar um jeito.
–Você
está errada Milena, não tem como darmos um jeito na morte, daqui alguns dias o
corpo da Maria estará á sete palmos da terra, não tem jeito.
–Calma
Nina.
–Como eu
vou ter calma! A Maria morreu! Morreu! –Gritou Nina.
–Ah Nina,
eu sei, eu sei e é por isso que eu preciso fingir que não é verdade, mas a
verdade é que não posso, não posso fingir, que dor que eu estou sentindo! –Gritou
Milena chorando.
–A dona
Íris nunca vai me perdoar, fui eu que fiquei
responsável pela Maria.
–Você não
tem culpa Nina, é o destino que faz isso, ele leva quem ele quiser com ele,
igual em uma estação de trem, tem gente que vai e tem gente que vem.
–Mas é
tão injusto.
–É sim,
mas não a nada mais a fazer.
Nina e
Milena tomam coragem e vão para o sanatório contar para Íris que Maria morreu.
–Doutor
Eduardo eu e a Nina temos uma notícia muito forte para contar a Íris. –Disse
Milena.
–Qual
notícia? –Perguntou Eduardo.
–A Maria morreu envenenada, não me pergunte
quem foi que a envenenou por que ninguém sabe.
Nenhum comentário:
Postar um comentário