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segunda-feira, 4 de junho de 2012

Cap. 12 de O destino de Íris

 Em casa Glória colhe sementes de Ricina, um veneno da mamona que é mortal.
 –Eu pretendo fazer um delicioso bolo de chocolate com Ricina!
 –Mas dona Glória Ricina é veneno. –Disse a empregada.
 –Se você não quiser ser demitida não se mete.
 –Me desculpe.
 –Pegue essas três sementes e leve para a cozinha, eu vou tomar um banho bem quente para preparar o bolo.
 –A senhora quer que eu faça?
 –Não, eu mesma vou fazer!



Na cozinha Milena prepara um delicioso pudim para Íris
  –Que cheiro delicioso é esse amor? –Perguntou Bruce.

 –Pudim com muito amor. –Respondeu Milena.
 –É pra mim?
 –Me desculpe desapontá-lo, mas não é.
 –É pra quem então?
 –Para a Íris, mas não se preocupe por que o manjar que está na geladeira é nosso.
 –Você está falando sério Milena.
 –Claro que estou, depois do jantar eu vou servi-lo como sobremesa.
 –É por isso que eu te amo Milena!
 Na delegacia o delegado Gilberto recebe uma ligação anônima.
 –O que você quer? –Perguntou Gilberto.
 –Eu sei onde está a arma do crime!
 –Como?
 –Na mansão dos Fontanelli, enterrada no jardim!
 –Você está falando sério, quem é você?
 –Eu já disse o que tinha que dizer. –A pessoa desligou.
 –Droga! –Falou Gilberto.
 Ao amanhecer Íris se lembra do pesadelo que teve com o crime que talvez tenha cometido.
 –Eu não matei ninguém, por que o Celso e a Beth foram esfaqueados, eles não levaram tiros, eu sou inocente! –Gritou Íris.
 –O que houve Íris? –Perguntou Lisa.
 –Eu sou inocente Lisa, eu não matei ninguém.
 –Agora vá tomar um banho dona Íris.
 –Por que?
 –O pessoal da visita estão chegando!
 –Nossa, eu esqueci completamente.  
 Em casa Glória se prepara para o show que ela vai dar no hospital.
 –Eu vou matar a idiota da Maria, o ponto fraco da Íris é perder a sobrinha querida, qual criança que não gosta de bolo de chocolate envenenado! –Disse Glória com muito ódio.
 –A senhora só pode ter enlouquecido! –Disse a empregada.
 –Cale a boca sua inútil!
 –Eu vou contar tudo para o doutor Eduardo.
 –Pode contar, mas se o seu filho acordar esfaqueado não reclame.
 –A senhora não seria capaz.
 –Não duvide, eu teria o maior prazer de acabar com aquele pivete ridículo!
 –Me desculpe dona Glória, por favor.
 –Como eu não sou de guardar ressentimentos eu te desculpo.
  Gilberto chega na mansão dos Fontanelli para encontrar a faca.  
 –O que o senhor está fazendo aqui delegado? Nós estamos de saída. –Disse Nina.
 –Eu vim pegar a arma do crime. –Disse Gilberto.
 –Como assim? –Perguntou Maria.
 –A sua tia matou o Celso e a Beth e escondeu a arma no jardim. 
 –Isso é um absurdo delegado! –Disse Nina.
 –Eu vou provar que não é, homens comessem a procurar no jardim, perto das rosas azuis da dona Íris.
 –Você não pode fazer isso delegado.
 –Claro que posso Nina, eu tenho um mandato do juiz para cavar aqui no jardim da dona Íris.
 –A minha tia não fez nada disso. –Disse Maria.
 –Se ela não fez então por que ela quis fugir para aquele sanatório?
 –Ela não fugiu! –Gritou Nina.
 –Fugiu sim!
 –Delegado, encontramos o facão. –Disse o homem que estava cavando no jardim.
 –Ótimo vamos levar para os peritos analisarem, e agora Maria você ainda acha que sua tia é inocente?
 –Eu nunca vou mudar de opinião, nunca! –Se exaltou Maria.
 –Bom eu já fiz o que tinha que fazer, agora é só encontrar as impressões digitais para prender a sua tia.
 –Sai daqui seu delegado de merda! –Disse Maria.
 –Como você disse?
 –Delegado de merda, eu repito de novo se você quiser.
 –Isso é desacato menina, você pode ser presa.
 –Não, claro que não, eu nunca vou ser presa!
 –Eu prefiro esquecer o que você disse, até por que eu tenho coisa melhor pra fazer do que discutir com uma garota de dez anos, mas eu volto com um mandato de prisão para a Íris.
 Nina, Maria, Milena e Bruce foram para o hospital visitar Íris.
 –Dona Íris tem visita para a senhora. –Disse Lisa.
 –Vocês todos aqui, de uma vez, é tanta emoção gente. –Disse Íris emocionada.
 –Tia eu estava morrendo de saudades da senhora, essas rosas são para a senhora, as suas rosas azuis. –Disse Maria. 
 –Eu também estava com saudades Maria, e muito obrigada.
 –Dona Íris aquela casa fica tão vazia sem a senhora. –Disse Nina. 
 –Eu vou voltar logo Nina, não se preocupe.
 –Me dê um abraço Íris. –Disse Milena.
 –Venha minha amiga, que saudades!
 –Eu também estava com saudades Íris. –Disse Bruce.
 –Também estava meu querido.
 Nina foi conhecer o sanatório, e no caminho encontrou a perigosa Glória com o bolo de chocolate.
 –Você é a Maria? –Perguntou Glória.
 –Sou eu mesma, e você quem é?
 –Sou Glória, eu trabalho aqui e conheço a sua tia, ela fala muito de você.
 –Nossa eu não sabia que eu era tão famosa assim.
 –Hoje eu estou distribuindo fatias de bolo de chocolate, sobrou um pedaço, você quer?
 –Claro, eu adoro bolo de chocolate.
 Maria comeu a fatia do bolo toda, e não sentiu nenhum gosto diferente.
 –Estava delicioso.
 –Obrigada.
 Todos que visitaram Íris se despediram e voltaram para suas casas. Maria toma um banho bem quente deita em sua cama para dormir enquanto Milena e Nina conversam sobre o estado físico e mental de Íris.
 –A Íris me parecia muito bem Nina, como sempre muito bonita e bem disposta. –Disse Milena.
 –É verdade dona Milena, eu não acredito que a dona Íris tenha alguma doença. –Falou Nina.
 –Concordo com você Nina.
 –Ai que dor! –Gritou Maria do quarto.
 –Você ouviu esse grito Nina?
 –Sim ouvi e é a Maria, vamos subir para ver o que está acontecendo.
 Quando Nina e Milena chegam no quarto de Maria, encontram ela vomitando sangue, muito sangue.
 –Meu deus! –Gritou Nina.
 –Temos que levar a Maria para o hospital Nina. –Disse Milena apavorada.
 –Eu estou passando muito mal, acho que não vou aguentar. –Disse Maria.
 Milena e Nina pegaram Maria e foram direto para o hospital, o médico verificou os sintomas e disse o que era.
 –Essa menina foi envenenada por Ricina, isso é semente de babosa, e não tem antídoto, sinto muito. –Disse o médico.
 –Quanto tempo ela... você sabe. –Perguntou Milena.
 –Se for cinco minutos é muito.
 Quando Nina e Milena entraram no quarto onde Maria está, elas encontraram a menina morta.
 –Não! Maria acorda! Acorda! –Gritou Nina desesperada.
 –Vem Nina, não há nada o que possamos fazer, vem, agora eu só digo uma coisa, quem fez isso vai pagar muito caro! –Disse Milena com raiva.
 –Como eu vou contar para a Dona Íris? Como?
 –Nós vamos dar um jeito, confie em mim, vamos dar um jeito.
 –Você está errada Milena, não tem como darmos um jeito na morte, daqui alguns dias o corpo da Maria estará á sete palmos da terra, não tem jeito.
 –Calma Nina.
 –Como eu vou ter calma! A Maria morreu! Morreu! –Gritou Nina.
 –Ah Nina, eu sei, eu sei e é por isso que eu preciso fingir que não é verdade, mas a verdade é que não posso, não posso fingir, que dor que eu estou sentindo! –Gritou Milena chorando.
 –A dona Íris nunca vai me perdoar, fui eu que  fiquei responsável pela Maria.
 –Você não tem culpa Nina, é o destino que faz isso, ele leva quem ele quiser com ele, igual em uma estação de trem, tem gente que vai e tem gente que vem.
 –Mas é tão injusto.
 –É sim, mas não a nada mais a fazer.  
 Nina e Milena tomam coragem e vão para o sanatório contar para Íris que Maria morreu.
 –Doutor Eduardo eu e a Nina temos uma notícia muito forte para contar a Íris. –Disse Milena.
 –Qual notícia? –Perguntou Eduardo.
 –A Maria morreu envenenada, não me pergunte quem foi que a envenenou por que ninguém sabe.

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