Enquanto
o homem desenterra o corpo, Íris se lembra da noite em que houve o assassinato,
da discussão horrível que ela teve e de todas as outras discussões.
–Para!
Chega! Eu não quero mais! Eu não quero ver o Celso na minha frente, foi apenas
uma ilusão, ele está morto e enterrado bem aí, e mesmo que ele esteja vivo eu
não quero vê-lo nunca mais!
Íris
pagou o homem e correu para o ponto de táxi no lado de fora do cemitério.
–Para
onde senhora?
–Para o
bairro Jardim Europa.
–Sim
senhora.
Ao chegar
em casa Íris percebe que não há ninguém em casa, e resolve abrir uma garrafa de
vinho.
–Eu estou
livre do Celso ele morreu, mas me deixou um bom dinheiro e várias mansões no
Brasil e no mundo! Agora eu posso me casar de novo e pela primeira vez na vida
ser feliz. –Disse Íris feliz.
Íris foi
abrir o cofre que tem em sua casa e tirou dinheiro de dentro.
–Isso não
é nem a metade do meu patrimônio, fora a herança que eu tenho dos meus pais, eu
posso até não ter matado o Celso, mas quem matou fez um favor pra mim. –Disse
Íris jogando dinheiro para o alto.
–Então
quer dizer que você mandou matar o seu marido. –Chegou o delegado de surpresa.
–Me
deixaram entrar, foi só eu mostrar o meu
distintivo e...
–Eu não
mandei matar ninguém!
–É mais
eu vou fazer uma coisa bem perigosa agora! –O delegado agarrou Íris e a beijou.
–Me
larga! –Gritou Íris.
–Vai
dizer que você não gostou?
–Claro
que não, mas espera um pouco, você me odeia por que isso agora?
–Não eu
não te odeio, é o contrário, eu te amo Íris!
–Então
por que você fez isso tudo?
–Eu sou
um delegado Íris, eu preciso fazer o meu trabalho, sai comigo hoje anoite?
–Eu não
sei preciso pensar em tudo.
–Se você
mudar de ideia o meu número está na lista telefônica, Gilberto Silveira.
–Vou
pensar.
–Tchau
até anoite.
–Tchau.
Logo
depois que o delegado saiu, Íris ficou sem ação na atitude dele e resolveu
tomar um copo d’agua.
–Nossa eu
não esperava isso do delegado. –Disse Íris.
–Foi só
eu sumir que você deu um jeito de...
–Celso!
Ai meu deus eu estou sozinha em casa.
A
companhia da casa de Íris tocou, e ela correu para o quarto com medo.
–Me deixa
em paz Celso!
–Íris sou
eu a Milena, fui eu que toquei a companhia.
–Me
abraça Milena. –Disse Íris chorando.
–Calma já
passou.
–Você não
entende, o Celso está vivo! Eu ouvi a voz dele Milena, ele quer me matar.
–Você
está completamente descontrolada Íris.
–Não! Eu
não estou, eu fui até o cemitério desenterrar o corpo dele, mas eu não tive
coragem.
–Você fez
o que? Meu deus, você enlouqueceu Íris.
–Acredita
em min, é a segunda vez que ele fala comigo.
–Chega!
Vem que eu vou te mostrar que não tem ninguém aqui Íris! –Milena puxou Íris
pelo braço.
–Você
está me machucando Milena.
–Cala a
boca! Está vendo, não tem ninguém em lugar nenhum.
–Mas eu
ouvi.
–Você não
ouviu nada Íris, eu vou pegar um calmante para você, você está tomando os seus
remédios?
–Não, eu
não preciso de remédio nenhum.
Nenhum comentário:
Postar um comentário