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segunda-feira, 28 de maio de 2012

Capítulo 6 de O destino de Íris


 
 Enquanto o homem desenterra o corpo, Íris se lembra da noite em que houve o assassinato, da discussão horrível que ela teve e de todas as outras discussões.
 –Para! Chega! Eu não quero mais! Eu não quero ver o Celso na minha frente, foi apenas uma ilusão, ele está morto e enterrado bem aí, e mesmo que ele esteja vivo eu não quero vê-lo nunca mais!
 Íris pagou o homem e correu para o ponto de táxi no lado de fora do cemitério.
 –Para onde senhora?
 –Para o bairro Jardim Europa.
 –Sim senhora.
 Ao chegar em casa Íris percebe que não há ninguém em casa, e resolve abrir uma garrafa de vinho.
 –Eu estou livre do Celso ele morreu, mas me deixou um bom dinheiro e várias mansões no Brasil e no mundo! Agora eu posso me casar de novo e pela primeira vez na vida ser feliz. –Disse Íris feliz.
 Íris foi abrir o cofre que tem em sua casa e tirou dinheiro de dentro.
 –Isso não é nem a metade do meu patrimônio, fora a herança que eu tenho dos meus pais, eu posso até não ter matado o Celso, mas quem matou fez um favor pra mim. –Disse Íris jogando dinheiro para o alto.
 –Então quer dizer que você mandou matar o seu marido. –Chegou o delegado de surpresa.
 –Como você entrou na minha casa?
 –Me deixaram entrar, foi só eu mostrar o  meu distintivo e...
 –Eu não mandei matar ninguém!
 –É mais eu vou fazer uma coisa bem perigosa agora! –O delegado agarrou Íris e a beijou.
 –Me larga! –Gritou Íris.
 –Vai dizer que você não gostou?
 –Claro que não, mas espera um pouco, você me odeia por que isso agora?
 –Não eu não te odeio, é o contrário, eu te amo Íris!
 –Então por que você fez isso tudo?
 –Eu sou um delegado Íris, eu preciso fazer o meu trabalho, sai comigo hoje anoite?
 –Eu não sei preciso pensar em tudo.
 –Se você mudar de ideia o meu número está na lista telefônica, Gilberto Silveira.
 –Vou pensar.
 –Tchau até anoite.
 –Tchau.
 Logo depois que o delegado saiu, Íris ficou sem ação na atitude dele e resolveu tomar um copo d’agua.
 –Nossa eu não esperava isso do delegado. –Disse Íris.
 –Foi só eu sumir que você deu um jeito de...
 –Celso! Ai meu deus eu estou sozinha em casa.
 A companhia da casa de Íris tocou, e ela correu para o quarto com medo.
 –Me deixa em paz Celso!
 –Íris sou eu a Milena, fui eu que toquei a companhia.
 –Me abraça Milena. –Disse Íris chorando.
 –Calma já passou.
 –Você não entende, o Celso está vivo! Eu ouvi a voz dele Milena, ele quer me matar.
 –Você está completamente descontrolada Íris.
 –Não! Eu não estou, eu fui até o cemitério desenterrar o corpo dele, mas eu não tive coragem.
 –Você fez o que? Meu deus, você enlouqueceu Íris.
 –Acredita em min, é a segunda vez que ele fala comigo.
 –Chega! Vem que eu vou te mostrar que não tem ninguém aqui Íris! –Milena puxou Íris pelo braço.
 –Você está me machucando Milena.
 –Cala a boca! Está vendo, não tem ninguém em lugar nenhum.
 –Mas eu ouvi.
 –Você não ouviu nada Íris, eu vou pegar um calmante para você, você está tomando os seus remédios?
 –Não, eu não preciso de remédio nenhum.

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