Páginas

sábado, 26 de maio de 2012

Capítulo 5 de O destino de Íris

 –Vocês não vão a lugar nenhum. –Disse o delegado.
 –Como não? –Perguntou Íris.
 –Eu estou com um documento assinado pelo Juiz declarando que você Íris não pode sair do estado e nem do país, até você provar a sua inocência.
 –Mas e a Maria?
 –Você pode buscar a Maria, ela mora aqui em São Paulo, mas sair do estado não.
 –Tudo bem delegado, eu vou dar um jeito de provar a minha inocência, escreve o que eu estou te dizendo.
 –Eu espero que você consiga. –Disse o delegado com um ar de deboche.
 Íris mudou de ideia e foi buscar Maria sozinha sem a Nina.
 –Tia você veio. –Disse Maria.
 –Claro querida. –Falou Íris.
 –Me dá um abraço tia.

 Íris levou Maria para sua casa, as duas chegaram a noite devido a um problema no táxi que elas pegaram.
 –Nina mostre o quarto da Maria, eu vou tomar um banho bem quente. –Disse Íris.
 –Venha Maria, a sua tia arrumou tudo para você. –Disse Nina.
 Depois de tomar banho Íris desceu para tomar uma taça de vinho.
 –Todos vão saber que foi você que me matou Íris, todos!
 –Celso! –Íris deixou a taça cair.
 –O que houve dona Íris?
 –O Celso está aqui Nina, ele...
 –Calma foi apenas uma alucinação dona Íris.
 –Não foi alucinação coisa nenhuma! O Celso está aqui.
 –É melhor a senhora ir dormir.
 –Não! Aparece Celso, aparece!
 –Venha dona Íris.
 –Aparece, aparece...
 –Toma isso, a senhora vai melhorar.
 –O que é isso?
 –É um calmante dona Íris.
 Nina levou Íris para o quarto e ficou preocupada com a saúde mental da patroa.
 –Será que a dona Íris está louca? –Pensou Nina.
 O dia amanhece e Íris sai logo cedo.
 –Nina você pode levar a Maria na escola pra mim? –Perguntou Íris.
 –Sim dona Íris, a senhora vai sair?
 –Vou, e não me esperem para o almoço.
 –Onde a senhora vai com essa perna fraturada?
 –Vou pegar um táxi para o cemitério, como eu não fui ao enterro do meu marido e da minha irmã eu vou levar flores.
 –A senhora não devia ir, você não se recuperou direito dona Íris.
 –Já me decide Nina.
 Íris pega um táxi e vai direto para o cemitério.
 –É o senhor que enterra os corpos? –Perguntou Íris.
 –Sim sou eu. –Respondeu o homem todo de preto.
 –Eu estou disposta a pagar uma boa quantia para o senhor desenterrar o caixão do meu marido, o banqueiro Celso Fontanelli.
 –Eu não posso fazer isso senhora.
 –Claro que pode, a única coisa de que você precisa é de uma pá, que você já tem e uma boa quantia em dinheiro que eu vou pagar.   
 –A senhora me convenceu, mas por que a senhora quer ver o corpo do seu marido?
 –Eu tenho quase certeza que não tem corpo nenhum aí ou o corpo é de outra pessoa.
 –Isso é impossível, mas se a senhora acha, quem sou eu para...
 Enquanto o homem desenterra o corpo, Íris se lembra da noite em que houve o assassinato, da discussão horrível que ela teve e de todas as outras discussões.
 –Para! Chega! Eu não quero mais! Eu não quero ver o Celso na minha frente, foi apenas uma ilusão, ele está morto e enterrado bem aí, e mesmo que ele esteja vivo eu não quero vê-lo nunca mais!

Nenhum comentário:

Postar um comentário