–Vocês
não vão a lugar nenhum. –Disse o delegado.
–Como
não? –Perguntou Íris.
–Eu estou
com um documento assinado pelo Juiz declarando que você Íris não pode sair do
estado e nem do país, até você provar a sua inocência.
–Mas e a
Maria?
–Você
pode buscar a Maria, ela mora aqui em São Paulo, mas sair do estado não.
–Tudo bem
delegado, eu vou dar um jeito de provar a minha inocência, escreve o que eu
estou te dizendo.
–Eu
espero que você consiga. –Disse o delegado com um ar de deboche.
Íris mudou
de ideia e foi buscar Maria sozinha sem a Nina.
–Tia você
veio. –Disse Maria.
–Claro
querida. –Falou Íris.
–Me dá um
abraço tia.
Íris levou Maria para sua casa, as duas chegaram a noite devido a um problema no táxi que elas pegaram.
–Nina
mostre o quarto da Maria, eu vou tomar um banho bem quente. –Disse Íris.
–Venha
Maria, a sua tia arrumou tudo para você. –Disse Nina.
Depois de
tomar banho Íris desceu para tomar uma taça de vinho.
–Todos
vão saber que foi você que me matou Íris, todos!
–Celso!
–Íris deixou a taça cair.
–O que
houve dona Íris?
–O Celso
está aqui Nina, ele...
–Calma
foi apenas uma alucinação dona Íris.
–Não foi
alucinação coisa nenhuma! O Celso está aqui.
–É melhor
a senhora ir dormir.
–Não! Aparece
Celso, aparece!
–Venha
dona Íris.
–Aparece,
aparece...
–Toma
isso, a senhora vai melhorar.
–O que é
isso?
–É um
calmante dona Íris.
Nina
levou Íris para o quarto e ficou preocupada com a saúde mental da patroa.
–Será que
a dona Íris está louca? –Pensou Nina.
O dia
amanhece e Íris sai logo cedo.
–Nina
você pode levar a Maria na escola pra mim? –Perguntou Íris.
–Sim dona
Íris, a senhora vai sair?
–Vou, e
não me esperem para o almoço.
–Onde a
senhora vai com essa perna fraturada?
–Vou
pegar um táxi para o cemitério, como eu não fui ao enterro do meu marido e da
minha irmã eu vou levar flores.
–A
senhora não devia ir, você não se recuperou direito dona Íris.
–Já me
decide Nina.
Íris pega
um táxi e vai direto para o cemitério.
–É o
senhor que enterra os corpos? –Perguntou Íris.
–Sim sou
eu. –Respondeu o homem todo de preto.
–Eu estou
disposta a pagar uma boa quantia para o senhor desenterrar o caixão do meu
marido, o banqueiro Celso Fontanelli.
–Eu não
posso fazer isso senhora.
–Claro
que pode, a única coisa de que você precisa é de uma pá, que você já tem e uma
boa quantia em dinheiro que eu vou pagar.
–A
senhora me convenceu, mas por que a senhora quer ver o corpo do seu marido?
–Eu tenho
quase certeza que não tem corpo nenhum aí ou o corpo é de outra pessoa.
–Isso é
impossível, mas se a senhora acha, quem sou eu para...
Enquanto
o homem desenterra o corpo, Íris se lembra da noite em que houve o assassinato,
da discussão horrível que ela teve e de todas as outras discussões.
–Para! Chega! Eu não quero mais! Eu não quero
ver o Celso na minha frente, foi apenas uma ilusão, ele está morto e enterrado
bem aí, e mesmo que ele esteja vivo eu não quero vê-lo nunca mais!
Nenhum comentário:
Postar um comentário